Investigar o que de fato está acontecendo com a criança por trás do seu comportamento é um dos benefícios da psicoterapia infantil. Fique por dentro do assunto lendo o artigo
A atenção que os pais dão ao comportamento dos seus filhos faz toda a diferença para o bom desenvolvimento deles. Notar as diferenças que ocorrem é o principal caminho para se atentar sobre a necessidade da psicoterapia infantil.
É sempre importante lembrar que crianças não sabem se comunicar como gente grande, então muitas vezes não sabem nomear sentimentos ou explicar o que viveram. Sendo assim, demonstrarão a necessidade de um especialista por intermédio do comportamento. O pais devem ficar atentos:
- Mudanças bruscas de comportamento;
- Timidez excessiva;
- Agressividade e rispidez;
- Dificuldade na aprendizagem;
- Hiperatividade;
- Regressão a alguma fase do desenvolvimento;
- Saúde prejudicada sem que haja causa biológica ou física;
- Manias, tiques ou fobias.
Mudanças bruscas de comportamento
A criança se comportava de determinada forma e de uma hora para outra ela começa a agir diferente, como comer muito ou pouco, ter dificuldades para dormir ou ir ao banheiro, fazer xixi na cama com frequência acima dos cinco anos, idade na qual já concluiu o desfralde por completo.
Timidez excessiva
Grande dificuldade no convívio social, seja na escola ou outros espaços, causando ansiedade na criança.
Agressividade e rispidez
Se o comportamento não pode ser resolvido pelos pais, por intermédio de uma conversa, pode ser que a criança não consiga lidar com algum sentimento e esteja externando por meio de ações.
Dificuldade na aprendizagem
As pessoas possuem tempos diferentes de compreensão e assimilação, e nem todo mundo se adapta à estrutura da escola.
A psicoterapia infantil, nesse momento, pode ser ideal para entender se a criança tem algo que precisa de um cuidado mais próximo, como a Dislexia, ou se precisa apenas encontrar sua forma de aprender no que tem mais potencial. Além disso, de lidar com possíveis constrangimentos sofridos em sala de aula por causa da dificuldade.
Hiperatividade
Diferentemente do que se vê hoje em dia, excesso de energia nem sempre é um problema que deve ser resolvido com medicação. Entretanto, se há uma percepção desse excesso em mais de um espaço de convivência da criança – com os pais, escola ou alguma atividade extra -, é interessante que ela possa passar por uma avaliação psicológica para ver se se trata apenas da fase de desenvolvimento ou se pode ser um Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Regressão a alguma fase do desenvolvimento
Quando a criança já passou por todo o desfralde e volta a fazer xixi na cama, isso ocorre, muitas vezes, com a chegada de um novo irmão ou quando há uma grande mudança na família – perda de um parente próximo, mudança de cidade e, automaticamente, de convívio social. A psicoterapia, portanto, é importante para ajudar a criança a lidar com essas novas informações.
Saúde prejudicada sem que haja causa biológica ou física
A somatização pode ser o corpo falando pela criança, já que em muitos casos ela ainda não sabe se expressar verbalmente.
Manias, tiques ou fobias
Tais atitudes devem ser observadas, porque podem demonstrar ansiedade, então é importante descobrir o que está causando-as.
Situações familiares expostas à criança, como separação dos pais, brigas frequentes dentro de casa e convivência com situações de abuso, também devem ser levadas em conta, pois, mesmo que a criança não demonstre, de alguma forma ela foi afetada. Então, a falta de cuidado pode aparecer anos depois se não tratada no momento adequado.
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Portanto, entende-se que não são 100% das crianças que devam ir a um psicólogo. No entanto, é importante acompanhar de perto o desenvolvimento do seu filho, e prestar atenção nos sinais que ele dá. Sempre lembrando que o pequeno não sabe se expressar como um adulto, não sabe dizer adequadamente o que sente ou se comunicar de forma apropriada sobre situações constrangedoras.
Dessa maneira, seus comportamentos podem mostrar se algo de errado está acontecendo e, além de cuidar desses sintomas, se é necessário também descobrir o que estão gerando-os.
Benefícios da psicoterapia infantil
A psicoterapia infantil tem alguns objetivos, como investigar o que de fato está acontecendo com a criança por trás do comportamento que a levou até ali. Trabalhar com a criança a elaboração da situação de forma lúdica e saudável, e que não cause nenhum trauma psicológico ou um problema futuro, como de comportamento ou transtorno de humor.
Trabalhar os sentimentos existentes, como eles são aflorados e o que devemos fazer em cada situação, a qual podemos chamar de maturidade emocional. A psicoterapia infantil também pode trabalhar com os pais as mudanças necessárias em outros ambientes para além da terapia e as alterações primordiais nos relacionamentos da criança.
Ajudar a criança a buscar as melhores formas de se comunicar, de lidar com situações difíceis e sentimentos, como raiva, frustração, angústia, tristeza etc.
Papel dos pais no processo da psicoterapia infantil
Os pais têm um papel fundamental na psicoterapia dos filhos, e é importante que estejam sempre presentes e interessados no processo. Uma psicoterapia infantil se inicia sempre com o contato com os pais, os responsáveis por apresentar a história e os acontecimentos ao psicólogo. É importante que eles estejam dispostos a ir em algumas sessões antes da criança, porque faz-se necessário um conhecimento do mundo que envolve-os antes da chegada do filho.
Após esse estágio, durante o acompanhamento com a criança, é primordial um contato com alguma frequência a ser combinada em psicoterapia, para o acolhimento de mais informações e até para analisar possíveis mudanças no comportamento.
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Também é fundamental que estejam abertos às considerações dos profissionais e a possíveis mudanças dentro do convívio familiar. Isso porque, muitas vezes, a criança acaba chegando ali por ter presenciado situações em que não é a causadora, mas que em muitos casos está convivendo e não sabe como lidar.
Vale lembrar que cada caso é um caso dentro da psicologia clínica, e não há uma regra geral. Cada profissional vai avaliar determinada história e o que se faz necessário naquela situação.
Papel da escola
A escola pode e deve ser uma parceira nesse processo, assim como os professores particulares ou de atividades extras realizadas ao longo do dia pela criança. O ambiente escolar nem sempre é saudável para o desenvolvimento infantil adequado.
Por isso, é muito importante que o psicólogo possa ter liberdade de entrar em contato com a escola para colher informações sobre comportamento e relacionamento. Isso ocorre porque nem sempre os pais possuem todas as informações necessárias sobre o filho por não estarem em convivência 24 horas.
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Além de ser uma forma de alertar os responsáveis daquele espaço que algo está acontecendo e merece uma atenção especial.
Agora que você conheceu um pouco mais da psicoterapia infantil, que tal dividir com outros pais compartilhando este post nas suas redes sociais? Aproveite a oportunidade.
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