A parentalidade positiva surge com um novo olhar para a convivência entre os responsáveis e os filhos. Saiba mais sobre o assunto no artigo
Quando nos tornamos pais e mães, replicamos o modelo de educação exercido ao longo das últimas gerações. Portanto, agimos da mesma forma que fez sentido em nossa vida. Um modelo totalmente baseado no controle externo, nos tornando ora permissivos, ora autoritários. O que muitos não sabem é que existem outros caminhos. A parentalidade positiva é um desses.
Em todas as ciências há descobertas e inovações, e nas relações humanas não é diferente. Até meados do século XX, vários estudiosos, dentre eles Alfred Adler e Rudolf Dreikurs, além de vários experimentos e pesquisas, trouxeram novas possibilidades que vieram ao nosso conhecimento. Sendo assim, precisamos estudar para tirar a carteira de motorista, o que dirá para guiar nossos filhos, concorda?
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Entre o 8 e o 80 existem possibilidades respeitosas. A parentalidade positiva – baseada nos princípios da educação emocional, comunicação não violenta e disciplina positiva – surge com um novo olhar para a relação entre pais e filhos. Um olhar que os coloca como seres humanos que são, independentemente da idade, com direito à mesma dignidade e respeito de um adulto.
Cada ser humano é único, sendo assim, tem vontades legítimas: pensa, sente e conclui com a própria cabeça e coração. É impossível controlar o que o nosso filho deva pensar ou sentir diante de qualquer circunstância, afinal, isso vem de dentro de cada um, da própria individualidade.
Pais e mães, inconscientemente, se colocam no papel de controlador do comportamento do filho. Sendo assim, miramos o comportamento ideal e deixamos as necessidades individuais deles de lado. De acordo com estudiosos, concluiu-se que todo ser humano necessita, basicamente, de sentir amado, aceito, capaz e útil. O desvio dessa percepção, portanto, faz o indivíduo se sentir mal e até mesmo entrar em depressão.
O que é?
A parentalidade positiva é uma abordagem socioemocional baseada na filosofia e ensinamentos Adlerianos. Sendo assim, ela tem por base o respeito mútuo, o desenvolvimento pessoal do indivíduo desde a infância, a partir de uma construção do senso de aceitação e importância. Desenvolvendo, portanto, a autonomia e a autoestima, de forma proativa e consciente, por meio de uma liderança empática, com firmeza e gentileza, ao mesmo tempo.
Além disso, encoraja, sem punição nem recompensa, e estabelece um forte vínculo, expandindo habilidades de vida sólidas e sendo eficaz a longo prazo. É guiar o filho para fazer o bem, dentro dos valores de cada família, com autoridade, limite, afeto e empatia. Passa pelo indivíduo crescer aprendendo a agir corretamente e para o bem, independentemente de ter alguém olhando, e não por medo ou insegurança.
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Encerro, então, trazendo uma frase bem impactante da Jane Nelsen, autora dos livros da Disciplina Positiva: “de onde tiramos a absurda ideia de que para a criança agir melhor, ela precisa antes se sentir pior?”. Funciona dessa forma para você? Você age melhor quando se sente pior ou quando se sente melhor? Por que seria diferente para os nossos filhos? Fica a reflexão.
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